segunda-feira, 14 de abril de 2008

Taxitramas


Bom, hoje meu primeiro post da semana vai ser a dica de um blog que eu já acompanho já faz algum tempo. O nome do blog se chama Taxitramas, e ele é escrito por Mauro Castro, taxista aqui de Porto Alegre. Todos nós já pegamos taxi em algum momento. E sabemos que os taxistas pegam tudo que é tipo de passageiro. Tem taxistas que falam um monte, outros tocam o som lá em cima, outros simplesmente fica quietos. Mauro Castro tem um diferencial, ele escreve suas corridas em um blog.

Os textos do Mauro são ótimos, com um bom conteúdo, uma boa narração e o final é sempre surpreendente. Até onde cada história é verdade nós não podemos descobrir, mas que como taxista ele é um ótimo contador de história, ah isso é verdade. Não dou algum tempo para que alguma publicação realmente descubra ele. Nem que seja a Papo de Homem. Abaixo eu vou colar um texto dele, aproveitem a leitura!



Uma tragédia anunciada
Tudo começou quando alguns colegas de trabalho resolveram despedir-se de um amigo que estava se aposentando. Decidiram comemorar em um inferninho barato, no Centro de Porto Alegre. Foi lá que meu passageiro acabou conhecendo a mulher que o levaria à loucura.
Apaixonado pela garota de programa, ele voltou ao cabaré dias depois, mas não a encontrou mais. A dona do lugar não sabia dizer exatamente onde a jovem morava. Lembrava apenas que era em uma casa do Bairro Sarandi e que, no seu muro, havia a propaganda de um certo candidato a vereador.
Foi assim que conheci e fiquei amigo desse meu passageiro. Passamos uma tarde inteira à procura da bendita casa com o muro pintado. Acabamos achando. A casa, aliás, não era da garota, mas do namorado dela, que, por sorte, estava fora por uns tempos… Foragido da polícia.
É difícil dizer o que leva um homem maduro, casado, com situação financeira estável a se envolver em uma aventura amorosa desse tipo. O fato é que meu passageiro jogou-se de cabeça. Na esperança de afastá-la do passado, alugou um apartamento, no qual instalou sua amada. Eu o levava até lá todo o santo dia.
O ex-namorado, porém, acabou descobrindo o novo endereço da garota. Invadiu o apartamento no meio da noite. Pegou-a na cama, nos braços do amante. Matou os dois.
Não houve quem chorasse por ela. Apenas um caixão às moscas no centro de uma capela vazia. Em outro cemitério, no entanto, as pessoas se amontoavam para despedir-se do homem que morreu na cama da amante.
Meu passageiro jamais se recuperou do golpe. Visita o túmulo da garota com freqüência. Mesmo sabendo que ela o traía com o porteiro do prédio. O desgraçado que estava na cama com ela naquela noite fatídica.



Post retirado do meu blog, fiquem a vontade para visita-lo!

2 comentários:

Bru Slaviero disse...

O Taxitramas foi fonte para um trabalho nosso do 3° semestre.
muito legal, por sinal, daria um bom curta.

Paula Jung disse...

Marcel, lembrei de quando vi um programa de tv sobre o taxitramas há algum tempo. Ótimo tu lembrares e colocares no nosso blog.

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